sexta-feira, 10 de outubro de 2008

É hora de desistir!

Hoje eu desisti! Desisti do meu dia, dos meus amigos, da minha vida, do meu trabalho, enfim de tudo! Mas desisti só por um dia, não mais que um dia e foi o suficiente pra me dar a chance de desistir de tudo outra vez daqui há algum tempo.Isso mesmo, desistir faz bem, ficar sem fazer nada simplesmente porque parece que nada faz sentido faz muito bem, não renova a suas forças e nem melhora o ânimo, mas acredite faz muito bem!

Nem adianta me perguntar porque faz bem isso, não tem explicação, até por ser uma vontade que te põe pra baixo, que liga o seu mau humor no último volume e que por isso não te deixa ouvir mais nada novo, te deixando apenas cuidar dos problemas antigos.É, talvez tenha uma explicação sim, talvez tenha um motivo até para aquela situação que foi a gota d'água para te fazer desistir, até porque eu não estaria escrevendo sobre isso agora se não fosse por esse momento ruim.

Mas então fica a pergunta: será realmente que tudo isso é necessário? Será que a gente precisa passar por momentos ruins para perceber que são ruins? Será que o simples fato de ver outros abrindo avenidas em seus egos e sangrando melancolia não seria o bastante para nos fazer perceber que não queremos aquilo para as nossas vidas? Parando pra pensar é lógico que não! Como vc saberia que não não deveria por a mão no fogo só pelos outros falando. Ainda lhe restaria a dúvida se algo quente realmente é ruim.

Cada momento seu é um momento único, seja ele bom ou ruim. Temos que aprender que uma coisa ruim só é ruim se não aprendermos nada com ela, se for para o nosso crescimento, passa a ser bom. A auto-crítica é mais importante do que o amor-próprio , pois é pela auto-crítica que construimos os nosso sentimento por nós mesmos. Se algo de muito ruim te fizer desistir de tudo, desista, mas acorde no dia seguinte pronto para desistir de novo.

Nós somos assim!

Ontem, eu estava voltando da faculdade mais cedo e entrou na Kombi uma moça com um bebezinho de uns 3 meses no colo. Eu como não sou nada bobo, comecei logo a fazer caras e bocas pra criança até conseguir tirar um sorriso. Mas naquela onda de brincadeiras, a Kombi balançando demais, dava para perceber claramente que o bebezinho estava assustado. Por causa disso ele acabou agarrando no meu braço para poder se sentir mais seguro. No princípio eu fiquei com cara de bobo de sentir aquela mãozinha minúscula agarrada no meu braço mas, logo depois eu pensei: ele está agarrado em um estranho pelo simples fato de estar com medo!

Isso pode ser porque por ser pequeno ele não entenda que aquele balançar não é tão perigoso.Mas quantas vezes nós não fazemos isso também? Quantas vezes pelo simples fato de deixarmos nos dominar pelo medo ou por qualquer outro sentimento, não nos agarramos a primeira pessoa ou coisa que vemos pela frente? Será que não somos capazes de pensar quando estamos assustados? Será que somos como as mocinhas dos filmes que ao invés de tentar fugir só adentram mais e mais nos corredos escuros e becos sem saída?

O que me leva a duvidar se as nossas escolhas são nossas ou são o simples dominar de sentimentos sem controle. Porque quando estamos apaixonados também perdemos a noção das coisas. Esquecemos de compromissos e responsabilidades pelo simples prazer de estar perto do nosso "objeto de desejo".Nosso corpo nos envia um sinal de aprisionamento àquele sentimento e nós aceitamos aquilo como sendo a nossa verdade, pois também nos sentimos presos ao medo quando estamos na situação em questão.

-Nossa, você deve estar pensando, ele está comparando o medo com a paixão! Mas pare para pensar: nos dois casos sentimos o frio no estômago, nosso corpo trava, nossa mente congela, não sabemos para onde ir ou para onde recorrer e se caso apareça alguém ou algo diferente à nossa frente logo nos agarramos aquilo como se fosse o nosso porto-seguro.

Somos assim desde pequenos e continuamos assim a nossa vida toda, seja pelo o balançar de um carro, seja para o primeiro dia na escola, seja para a primeira namorada, seja para o último dia de escola. Somos dominados pela paixão-ao-medo e pelo medo-da-paixão todas as épocas da nossa vida.Nos resta saber difrenciar esses sentimentos de outros menos fugazes pois, senão, corremos o risco de não fazermos escolha alguma e apenas sermos espelhos de nosso sentimentos.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Temos escolha?

Hoje aconteceu uma coisa interessante aqui em casa: vi meus primos brigando por causa de um erro da minha tia. Sei que devo estar parecendo um monstro pra quem está lendo mas o interessante está no fato de eles lembrarem exatamente a minha tia quando fizeram isso. A partir daí comecei a me perguntar se obrigatoriamente eles tem que parecer com a mãe deles? Será que nisso não temos escolha? Será que nossa personalidade é definida pelo simples fato de sermos filhos de nossos pais?

Não consigo realmente acreditar que temos nosso jeito de ser definidos simplesmente pelas pessoas que nos criam. Acredito que temos escolhas em tudo o que fazemos na vida e a pessoa que somos não pode ser diferente. Não é possível que os defeitos de alguém sejam obrigatoriamente passados de geração em geração, nós temos a escolha de não sermos esponjas burras e podermos absorver só o que nos interessa, pelo menos depois de uma certa idade.

Isso me pôs a pensar também se a pessoa que sou hoje foi uma escolha minha...Fico assustado de pensar que talvez eu não tenha controle sobre a personalidade que tenho e que todos os meus defeitos e/ou qualidades são apenas uma extensão das pessoas que conheci e com quem convivi. Será que eu não posso ser a pessoa que tanto sonhei ser quando era pequeno? Será que eu nunca vou conseguir ser tão bom quanto eu esperava? Será que não vou conseguir ser tão bom nem quanto as lembranças dos meus pais?

Chego a conclusão que em parte esse pensamento é verdadeiro mas que sim, eu tenho uma grande parte da escolha. O mundo está cheio de pessoas que resolveram ser simples espelhos de quem os criaram mas também está cheio de gente que resolveu ser exceção e por essa vontade fez a diferença. Resta saber se herdei essa força de vontade da minha família!

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Realidade possível

Sempre penso em um alguém que eu gostaria de conhecer

Sempre penso em um alguém que gostaria que existisse

Esse alguém tem beleza, exterior e interior

Esse alguém tem leveza, sem perder a autoridade

Ele fala e os outros escutam, porque o que ele diz faz sentido

Ele pede os outros fazem, porque nunca os deixou na mão antes

Sempre que penso nesse alguém, meu corpo gela e meu coração acelera

Sempre penso em alguém que levantaria uma montanha

Ele faria não com força física ou com tecnologia

E sim porque ele acredita que conseguiria

Ele pode correr o mundo sem pensar e nem parar

Esse alguém pode ser grosso sem perder a inocência

Esse alguém pode ser fútil sem perder a consciência

Sempre penso que é só um sonho esse alguém que eu imagino

Sempre penso que nunca vai nascer alguém assim

Mas desde tempos, quando imaginei alguém que assim seria

É que eu pude descobrir que esse alguém está dentro de mim!

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Estima

Me pergunto o que é estima...
Sei o que é estimar alguém, tenho pessoas a quem estimar. Mas estava me perguntando: o que seria auto-estima?
Em psicologia, auto-estima inclui a avaliação subjectiva que uma pessoa faz de si mesma como sendo intrinsecamente positiva ou negativa em algum grau.(wikipédia)
Depois de ler essa descrição eu fiquei me perguntando se algum ser humano tem realmente auto estima. Sim, porquê pelo que entendi você tem que ter, mesmo subjetivamente, uma opinião sobre você mesmo. Mas eu me conheço e sei que essa opinião nunca é a mesma do dia anterior.Logo cheguei a conclusão que a auto-estima é momentânea e que a coisa mais normal do mundo é não ter uma auto-estima definida.
Qual o porque de todo esse papo? Sabe aqueles dias que se sente que o mundo não sentiria sua ausência? Que pode-se contar nos dedos a quantidade de pessoas que se importam realmente com a sua vida? Pois é, acho que estou passando por isso há um tempo já. Não é um tipo de depressão, nem pretendo me matar, é só a danada da avaliação subjetiva negativa que resolvi fazer de mim mesmo fazendo com que eu não me ache bom o bastante nem pra ter os amigos que tenho!
Não ouço elogios, não tiro boas notas, não tenho um bom emprego, não sou eloqüente com as palavras, muito menos tenho um talento nato para alguma coisa. Apenas sou normal, o que deixei de achar ser suficiente. Não me acho uma pessoa agradável, muito menos me acho bom o bastante pra pessoa de quem eu gosto. Com certeza existe gente muito pior do que eu se achando melhor e gente muito melhor se achando pior, mas eu estou sendo egoista e me importando só comigo mesmo.
Realmente não sei se alguém vai parar para ler isso aqui, até por ser um texto bem comum em blogs, mas sei que se a gente se importa com alguém, elogiar é sempre bom e quando o elogio sai da boca de alguém que amamos então com certeza melhora a nossa estima por nós mesmos!